domingo, 24 de setembro de 2023

ideias não sidas, mas amadas

 

acabei de ver uma boneca artesanal, e lembrei da época em que andei fazendo algumas.

não me vejo mais fazendo, vida ficou muito séria, e urgente, mas vieram duas lembranças.

a família galo, galinha, pintinhos, muuuitos ovinhos. não sabia bem como faria, mas queria muito. não rolou.

pensei em várias familinhas, meu intuito era bem óbvio né, catequização, fazer uma distinção bem clara na educação da Cibe do que é alimento, do que não é.

pra mim, ainda óbvio, todas as famílias ensinam o amor aos animais à natureza, e as crias vão aprendendo a reconhecer, amar e comer os animais,  ao mesmo tempo, imbricando seu prazer alimentar a uma rede de morte e sofrimento sem fim.

eu cresci nessa desconexão. e nada é garantia de nada, eu sei que Cibe vai fazer escolhas por si, mas essa base, essa consciência, eu fico muito feliz de ter conseguido possibilitar.

me faz bem pensar como mãe, que Cibe está aprendendo desde cedo que o limite do seu paladar, do prazer, é um limite de consciência.

a outra ideia não acontecida foi grávida ainda. e eu tentei, fiz o desenhinho, dei pra um amigo marceneiro adepto a ideias não convencionais, porém.. ele me enrolou, por fim, em meio a tudo, ficou pra trás.

eu queria uma árvorezinha-balanço, no lugar daqueles cavalinhos e ovelhinhas de balanço, sabe. ela não ia subir neles, ela ia subir na árvore para se balançar. vai dizer que não é lindo?

não rolou. mas se não de verdade, aconteceram no meu coração. já vale. acho.