existem pessoas que são o que eu queria ser
encontro elas todo dia quando busco aspectos de existir que fazem sentido pra mim
agora mesmo, com preguiça de levantar da cama e fuçando pela Net encontrei umas par delas, impressionante
nem que eu viva mil anos eu conseguiria ser tudo que eu gosto nelas
já pensou, se eu trouxesse essas pessoas pra mim? não né Brasil, já cansei só de pensar.
um que outro as vezes trago sim, profissional, ou afetivamente, o que é um pouco mais raro.
na verdade acho legal que elas estejam no mundo e apresentem outras formas de interagir para além da massa burra.
tudo bem, essa interação diferenciada pode ser maquiada, comercial,.. até pra pra inglês ver é perfeito pra mim, porque é onde eu moro, tu vê, sou dos ingleses.
descobri, aliás, que artificialidade é muito importante. palavra difícil pra mim por um lado, porque a minha vinculação mais sincera pressupõe confiança e profundidade.
mas, o artificial ensina também, sobre aquilo que ele quer representar. a flor de plástico, o animalzinho de brinquedo, a reprodução mecânica de algo idealizado, ou hipotético-utópico e não autoral (acontece muito nas virtualidades, na busca de likes, aprovação e afins). ou no mundo real, me remete à pessoa falso simpática, que me coloca numa confortável, provisória, porém, possível. vendedores e atendentes fazem muito isso, né.
só não dá pra desejar o artificial como seu real, quando esse não passa de um arremedo, um trailler de filme sabe, uma chamada para mais, para a fonte, para o todo, para o complexo.
todos podem ser iludidos ou iludintes, mas eu quero, faço questão de me beneficiar até onde me convém, de forma consciente.
moro num bairro chamado ingleses. na casa do de fora, na casa dos outros, do oportunismo? aí, não gostei dessa parte. mas me alivia pensar que não sou dona. moro emprestado, não tenho casa, não possuo terra, e é infantil e/ou irresponsável estar assim, sendo mãe talvez. ihh fico brava, incomodada com esse assunto e tenho vontade de mandar todo mundo se lascar com palavrões bem feios, mas..
voltando. moro num bairro estrangeiro, ingleses no Brasil, SC, FLN, e lembrando disso, tenho ido a lugares, não por vontade, o que é bom pra conhecer, de fato ir, então..
eu chego, olho, e sinto nostalgia do que nem sei. penso como seria lindo sem essas construções ridículas, ou egoístas, como seria lindo sem gente
o conceito de paraíso não nos inclui, ou configuraria inferno será?
tô com fome
é o dia mais perfeito que eu já vi
com as cigarras muito mais
amo cigarras. intensas, enlouquecidas, me põem em transe.
comer! socorro.
sair! socorro.