segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

amor perdido é um privilégio | Bruna corta o drama que não tô aguentando

 

eu estava procurando um primo, o qual eu era apaixonada,  e foi engolido pelos anos, e pelas minhas inúmeras mudanças.

perguntei pra três senhoras que casualmente conheci, talvez pudessem ter interagido socialmente com ele e/ou com a família dele, já que provinham da mesma cidade em que vivemos, anos e anos atrás, no Paraná.

elas se assanharam todas e depois foram desanimando, nada do que parecia poder ser ele tinha  nenhuma conexão, rebatimento possível entre aquelas pessoas, o passado  a cidade e eu

nesse  sonho que acabei de ter, fiquei decepcionada, mas era só uma excentricidade.

na realidade de agora, estou é triste pela Bruna do sonho, já que a Bruna da realidade não perdeu nada, nada teve. 

só lembro do Mário Sérgio filho do prefeito, amigo do meu irmão mais velho quando, quantos anos eu tinha será quando se eu estava no segundo ou terceiro ano, no passado? o/ eu tinha a idade da Cibeee, tô até rindo agora. o Silvio tem o que, uma quase 50, 48, ..7 não sei.

hoje foi um dia pesado, cheio de grandes nadas, e eu tendo que marcar um médico sem conseguir, sem iniciativa pra tentar, ouvindo umas falas pela Net, que foram de encontro a alguns pensamentos do dia, que surgiram e foram  se desenvolvendo aqui, ao longo de minha escrita, nas primeiras horas da manhã. 

completamente inúteis, e girando ao redor de coisas que não me ajudam sabe. como com fato de por anos e anos odiar preencher questionamentos e formulários, minha dificuldade absurda, como se fosse uma agressão ter que me declarar parda, sendo que não sou outra coisa senão isso, e porque o Ibge conta pardos como negros, porque, por que e porque? 

ao mesmo tempo em que ouvia, refletia essas inutilidades, estava perdida no meu mundo interno. eu comigo, tentando voltar no tempo real, furo por furo,   teimosamente, querendo  fazer meu cortinado voltar à funcionalidade, porque eu gosto dele, e é ele que eu queria perto, exercendo a função que tanto já sabe fazer por mim, por nós eu e Cibe.

e porque aliás esse cortinado é tão importante se ele vela, garante uma beleza indireta e tranquilidade, pra fazer algo que nem devo, que é dormir, já que grande parte de meu mal, resvala pra essa fuga? pensando.

e porque pensar nisso Bruna, e qualquer outro tipo de coisa não me ajuda, escrever aqui muito menos né, porque você sabe que os anos estão passando, você está fugindo de viver, enfurnada sem perspectiva em casa, sem coragem de assumir a necessidade do médico, e sem vontade de ver ninguém?

fala sério né.

amanhã saio obrigada pra aula de dança, queira a Deusa eu não fuja, porque sei que ao sair de lá me sentirei viva.

depois vou direto buscar meu amorzinho, minha Ciba, e tentar fazer um exame que também estou enrolando a eras.

eu não sei mais viver.

não tenho sonhos. uuui, não quero cair nesse papo, credo, isso já foi. 

mas é que preciso deixar muito claro e dizer aos quatro ventos que não sou funcional, tenho defeito, valida a minha inação, e a inação de quem, na minha imaginação, nem me vê.

faço isso pra sobreviver.

azeidei né.

desculpa,

fazes.