sábado, 6 de janeiro de 2024

alcoolizada do jeitinho que eu odeio

 


Bruna não gosta mais de álcool. mas se esquecem uma garrafa de espumante na sua casa, depois dessas festas idiotas, após  muito hesitar, o que ela faz?

bebe.

num pote de tahine sem rótulo, de 350ml talvez, fuçando ainda em seu cortinado, vendo uma série ridícula e pensando, porque não faz isso mais vezes?

porque eu gosto. por isso. e sou altamente muito boa em me podar tanto pro bom quanto pro ruim.

queria tanto ser aquelas bebas inconscientes... fui não mais que duas vezes. uma depois da entrevista do meu mestrado, dia esse que literalmente esqueci o rumo de casa.

peguei o ônibus num madrugadão com a Jô, que também morava no continente e quando desci onde tinha que descer mais ou menos, eu não reconhecia nada. olhava pro entorno, reconhecia, e não reconhecia nada, de madrugada, e eu só ria. simplesmente, não sabia ir pra casa, nem pra casa do Yan, meu então ex, quase mais presente do que quando não era.

eu não lembro se comecei a vomitar na geral, onde ele foi me buscar, ou na casa dele, mas eu estava arrasada. tinha certeza que não tinha passado. olha minha motivação.. o d e i o essa coisa de falar, de mostrar o quanto posso ser interessante, o quanto sou melhor que o de antes e o de depois da minha entrevista ahh vai todo mundo se ferrar. 

já pensou se continuo escrevendo e cometo alguma indiscrição? aaai meu brio, preciso me manter firme.

mas o bom do álcool, e da canabis, é isso, me anestesia de você, e pensando nisso, inferno, porque raio eu nunca comprei de novo o óleo? vou comprar.

a outra vez foi numa festa da UFSC, bem na época do Dani, o menino dos sujos. eu tomei com as meninas aquelas bebidas brancas que não é cachaça, whisky? nooossa, até hoje se falar com elas escuto coisas que eu disse e que eu fiz que caaara, fico de cara por não lembrar, ou seja, esse tipo de bebida nunca mais, não tenho maturidade  pra isso.

bom .. no mais, sou uma bebum bem consciente, e com excelente memória.

sabe né, o d e i o estar em lugares sozinha, especialmente night,  minhas amigas fazem muito isso. mas, o que aconteceria se eu fizesse?

não sou mais a Bruna, sou.. a Bianca, e adoro pagode e o Food Park do lado da minha casa é a maior benção da minha vida, já pensou que massa?

gente acabei de matar uma barata como se fosse a coisa mais banal do mundoooo, que delícia que eu tô agora. tá vendo, a vida fica muito mais simples, até pra matar barata.

a Bianca, gennte a garrafa tá no meio, e a banda do food park deve estar no intervalo. acho que é hoje ein Brasil. nossa, tô até sentindo gente n a s c i pro pagode, pagode é minha vida! kk

bom minha garrafa tá no meio pra mais, e ao seu fim posso dormir na soleira da aporta, mas, acabei de decidir,  vou começar a me arrumar. lá deve ter alguma comida né, aqui não tem nada, óootima desculpa. 

atrás do que, batata frita e um shopp, e algum idiota com papo furado pra eu exercitar minha presença ou falta de tesoura?

no pé quebrou Maria, nem margarida nasceu.. 


amanhã eu conto. vai ser divertido.




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não posso dizer que não me divirto comigo mesma. eu tava com medo de ler esse texto, juro, tinha decidido fazer de conta que não existia.

mas não resisti, e tô rindo aqui, fazer o que.

Bianca né.. , nem meu lado Bianca curte pagode, mas tudo bem..


07.01.24