segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Safari, Zoológico | observar ou ser | empatia não é perfume, nem bibelô

 


muitas dessas fotos incríveis de selva, vídeos de lances bem lindos de animais saudáveis são também promoções turísticas de lugares e safaris

não precisa perguntar, não preciso responder, se iria ou não, me erra. mas .. 

está de passagem por um lugar inóspito ou cheio de estrutura, e pensa, eu moraria aqui. mas é complicado esses amor à primeira vista, viu, porque pode ser apenas um véu, some muito fácil especialmente se essa beleza e encanto estiver aliado à dinheiro e estação certa.

nenhum lugar é tão bom quando você permanece, conhece melhor. não apenas, mas tô falando de viagens e lugares.

eu tenho uma coisa. uma falta dessa curiosidade, de vontade de me mover para o desconhecido por que vai ter sempre algo conhecido e não resolvido lá, .. eu.

espaços de selva, animais, junto ao comércio de imagem e natureza. aí o problema seria eu e a estrutura. 

eu não posso criticar, nem comentar, não entendo muita coisa de nada nem pra defesa, ou ataque, ou nuances de cada. eu tenho impressões. e elas estão na esfera do pequeno eu, que não gosta de sair de casa, tem dificuldade de interagir com tranquilidade com as pessoas, sem contar cada minuto dessa interação, apesar de às vezes realmente gostar. não sou tranquila.

acho enfadonho essas histórias com comportamentos animais narrados em documentários.  e as vozes dos caras então, vai me irritando, vou ficando impaciente, ui. mas ultimamente andei dando mais atenção para essas imagens em feed de redes sociais, o que é claro, também dá margem pra encontrar muita porcaria.

minha mãe ama comportamento e vida animal. e teve uma época que ela era completamente viciada nisso, e queria não apenas contar das curiosidades de diferentes animais, mas, queria que eu assistisse. mostrar curiosidades,  complementaridades, as fugas de regra, etc. 

aí dava briga, ela ficava magoada comigo porque eu não partilhava, ou era insensível, e eu juro. zero paciência. mas as vezes gostava de ouvir, pra mim já era suficiente, Dona Vera é uma boa contadora sabe. 

eu não sou mais a que eu fui, tão fechada em mim,  estou mais sensível. as experiências com medicinas, as quais estou tão longe e talvez tenha superado a necessidade. as diferentes práticas espirituais sempre eventuais, mas importantes. mostraram algo mais, deixaram um acesso, uma porta. é atravessar e estou lá, praticamente. essa relação direta precisa ser alimentada por uma Bruna menos amarga, ela é muito fundamental pra mim, tô sabendo.

e cura né, cura pra mim hoje é equilíbrio. estabilidade. alegria sobre feitos simples. estar na vida.

mágica pra mim é louça lavada. é não acúmulo de bagunça, é brincar com a Cibe, sair de casa, meu maior desafio, já que minhas oscilações me tornam apática. é voltar a revolver a terra, não pra plantar, mas pra manter o que insiste em não morrer, é planos de aula.

eu não preciso de confirmações. eu não quero ser paladina de nada, não tenho esse perfil.

também não  quero ensinar nada pra ninguém, já disse, maior ironia sou eu dentro de escola. 

quero ficar quieta no meu canto e talvez nesse quieta no meu canto, estável e feliz eu me nasça. mas esse tempo anda não chegou.

e caaara pra mim foi meio chocante ver as fotos dos animais e imagens das onças ontem.

primeiro em seu habitat com as pessoas infiltradas lá bisbilhotando. e depois uma tentando fugir daquela cova, bem típica do nosso habitat, com as pessoas em volta felizes com a sorte de ver um pouco de emoção vindo de um animal selvagem, mas que se mostra sempre tão entediado.

eu estou ainda processando isso. e eu não sou melhor do que ninguém. sensibilidade, a gente ensina, empatia é uma engrenagem a se aperfeiçoar? eu acho que sim. não atoa já mudei tanto, em tão pouco tempo de vida, em termos de assimilação, construção, contribuição, até senso de coletivo.

e existem forças maiores que as individualidades, que trazem facilidades convenientes em forma de recursos e acesso fácil para pessoas sem muita possibilidade de estabelecer fronteiras críticas. tem uma vontade de reduzir vida à consumo, e  prazer a estímulos imediatistas e descartáveis.

o que é isso, luta de bem contra o mal? ou devo meter um .. sistema capitalista, o Deus dinheiro e poder aqui no meio pra amenizar minha não negada inocência. 

toda vez que fui confrontada com a realidade de forma fria, agressiva, respondi muito mal sabia. sempre que fui desafiada, taxada, ironizada, ridicularizada, deu muito ruim, em casos de se esperar algo mais nobre sobre determinado aspecto em crítica. eu decepcionava.

reconheço hoje o que me fez mudar, comprar uma ideia de alterar hábitos pra sempre largando mão de costumes impregnados na minha rotina e cultura, e vou dizer, ser confrontada, mesmo que pra momentaneamente recair a um outro extremo de negação, foi bem importante, mas o que foi determinante, teve acesso por outra via, que nem saberia muito bem explicar, mas teve um efeito imediato.

mudar pessoas não se trata de mudar. acordar, eu não sei, com carinho ou bérro cê acorda. afetar alguém, depende do afeto. 

tocar pra efeito, depende de quem também. 

sedução, pode ser pra um lado ou pro outro. não tô falando de amor de time, acho que a galera é mais constante nesse amor..

tô pensando no básico, no simples, no tipo de carência que cria no mundo pessoas tão restritas e egoístas razão a qual pra mim, tanta merda acontece, independente da classe social até.


sabe o que?

eu vou largar um eu não sei... aqui, sabe.

encerrar por que acho que me perdi.

vou arrumar outro nada pra fazer enquanto a Cibe brinca com a mãe .. e é isso aí. talvez volte depois.